Em live com Eliana Honain, Roseli Gustavo analisa caráter transformador do esporte
Em seu quarto programa da série “Diálogos com Eliana: Conversar para Avançar”, a ex-secretária de Saúde e pré-candidata à Prefeitura de Araraquara, Eliana Honain, recebeu nesta terça-feira (6) a esportista Roseli Gustavo, em live que está disponível para visualização nos perfis de Eliana Honain no Instagram (@elianahonain), Facebook e Youtube (clique aqui para assistir).
O encontro desta terça teve o tema “Como o esporte transforma vidas?”. Roseli, ex-atleta de basquete, medalhista olímpica, campeã mundial pela Seleção Brasileira e hoje presidente da Fundesport, iniciou o bate-papo contando como o esporte transformou a sua vida. “Eu nasci em Araraquara, cresci no Melhado, que é um bairro que eu gosto muito. Somos em sete irmãs, que são a Sônia, a Maria Elisa, que já faleceu, a Cristina, a Ivone, a Rosana, eu e a Rosimeire. Eu comecei a jogar por conta das minhas irmãs. Minha irmã Ivone jogava basquete e eu ia com ela até o Ginásio da Pista, muitas vezes a pé. Eu ficava ali junto com ela, até que um dia faltou uma atleta e o técnico, o Onofre Held, me convidou para participar naquele momento. Depois ele viu que eu tinha talento e eu não parei mais. Eu tinha de 11 para 12 anos e foi quando eu iniciei. Fui inspirada na minha irmã, que também seguiu jogando, mas não chegou à Seleção Brasileira. Todas as minhas irmãs praticaram esportes, mas depois cada uma foi para sua profissão”, lembrou.
Em 1984, Roseli foi participar de um campeonato em Jundiaí, onde foi observada pela comissão técnica da Seleção Brasileira. Juntamente com outra atleta da cidade, Deise, foi convidada a participar de um período de experiência em Piracicaba. Como as jogadoras eram menores de idade, o técnico Onofre Held foi junto com as meninas por um tempo. “Em razão de ter sete filhas, meu pai sempre destacava muito a importância do estudo. Ele me disse para ir, mas para manter as boas notas na escola, e que voltaria para casa se não tivesse boas notas. Então já saí com essa pressão. Fui para o melhor clube da época, que era a equipe da Universidade Metodista de Piracicaba, que tinha uma grande estrutura. Minha história começou em Araraquara, mas foi lá que eu comecei a escrever minha história na Seleção. Fui convocada pela primeira vez para a Seleção adulta com 16 anos”, comentou.
A ex-jogadora relata que se emociona ao acompanhar as Olimpíadas. “Volta tudo à memória, tudo o que eu vivi. Nas Olimpíadas de Barcelona, eu treinei até o último dia e fui cortada um dia antes da equipe viajar. Eu assisti aquela Olimpíada junto com a minha mãe, aqui em Araraquara, e eu falei para ela que na próxima eu iria estar. Ela me incentivou, lógico que vivi um momento de tristeza, mas voltei a treinar. Na Olimpíada de Atlanta, quando realmente eu vi que fazia parte das 12 atletas que viajariam, foi uma grande alegria. Desde o momento que você sabe que vai para as Olimpíadas, já começa a emoção e dá um frio na barriga. E na Vila Olímpica, é espetacular encontrar atletas que você admira, que você só via na televisão e encontra no refeitório, nas ruas. Tem muita distração na Vila Olímpica, por isso o atleta tem que ter muito foco”, afirmou.
Roseli falou sobre o projeto do basquete feminino de Araraquara, que recentemente sagrou-se campeão sul-americano e bicampeão brasileiro. “É um projeto que tenho muito carinho. Quando eu comecei, eu tive que sair de Araraquara, buscar um outro caminho porque aqui não tinha o basquete, mas hoje é o inverso, ou seja, as meninas do Brasil todo querem vir para Araraquara. Hoje, sem dúvida, temos a melhor equipe e elas querem vir para Araraquara porque temos a melhor estrutura. Metade das nossas atletas vão para a Seleção Brasileira. Não tenho dúvidas de que hoje Araraquara é a capital do basquete feminino, como é a capital do futebol feminino, assim como do futsal feminino, que também tem uma grande equipe. Eu estou muito feliz porque nem nos meus melhores sonhos eu imaginei que Araraquara fosse ter essa força e isso aconteceu. Esse é fruto do empenho do nosso prefeito Edinho”, pontuou.
Eliana elogiou a evolução das modalidades esportivas da cidade. “O esporte cresceu muito nesses últimos oito anos aqui em Araraquara. Muitos talentos foram revelados e a gente tem orgulho. Principalmente agora nesse período de Olimpíada, vemos que estamos no caminho certo, investindo nas Escolinhas de Esportes e em todas essas ações. Vemos os jovens, os adolescentes e as crianças amando o esporte, que é o caminho para termos uma melhor qualidade de vida”, comentou.
Perguntada por um internauta se o seu projeto prevê a manutenção da ginástica da melhor idade de Araraquara, Eliana valorizou a iniciativa que reúne aproximadamente 300 praticantes. “O esporte como qualidade de vida é o que mais a gente acredita. É muito importante investir na saúde física e mental. É muito importante, inclusive, atender as demandas que as praticantes têm em relação a um espaço na região central para poder desenvolver suas atividades. Com certeza, Araraquara já é uma grande cidade como essa representação da melhor idade e isso será ampliado com maiores condições e maior estrutura para que possam desenvolver esse trabalho que é tão bonito e que traz resultados surpreendentes”, acrescentou.
Eliana também falou sobre a ligação entre o esporte e a saúde. “A promoção da saúde, que é o grande desafio que temos, envolve ensinar como as pessoas podem viver mais e melhor. Dentro disso está o desafio da atividade física. É um desafio porque exige uma mudança de comportamento. A partir do momento em que a gente começa a praticar uma atividade física, mudamos toda a nossa relação com o nosso corpo. Não se faz saúde sem atividade física. É por isso que temos projetos como o Saúde na Praça, várias atividades e temos pistas de caminhada nas áreas de lazer. Temos que incentivar a população para a prática esportiva, que deve ser uma rotina nossa, como escovar os dentes. As pessoas que praticam atividades físicas têm redução em todas as suas possíveis patologias, retardando demência, Alzheimer, controlando a pressão arterial e diabetes e principalmente a saúde mental. Esporte tem tudo a ver com saúde. Temos muitos programas voltados para isso, mas a ideia é aumentar ainda mais”, concluiu.
A live com Roseli foi a terceira da série “Diálogos com Eliana”. A primeira foi realizada no dia 16 de julho e contou com a participação de Bruck Oliver, especialista em artes cênicas e comunicador de Araraquara. O bate-papo teve como tema “O papel da arte e da cultura na transformação das pessoas e da cidade”. A segunda live da série, no dia 23 de julho, teve a participação do influencer digital Cadu Ferreira e teve o tema “Como empreender e fazer bons negócios em Araraquara?”. O programa abordou alternativas implantadas pela Prefeitura nos últimos anos com foco na geração de trabalho e renda, como a valorização do empreendedorismo com o fortalecimento de programas voltados para o cooperativismo e feiras de economia criativa. As duas lives estão disponíveis para visualização nas redes sociais de Eliana Honain.